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Nota da autora

O tempo não volta para trás… eu sei!

Mas se voltasse, tudo seria… como é! Também sei!

Mudasse eu, um aspecto ou outro, que soubesse poder ser diferente, sem alterar a minha essência, e tudo o resto seria exactamente o mesmo não mudaria uma palha!

Não me lembro de, quando pequena, ter ouvido dizer que o mais importante na vida era sermos felizes, mas na verdade, foi isso que me ensinaram!

Que enquanto cá andamos, o importante é ser feliz!

Apesar da vida estar cheia de obstáculos e estar permanentemente a fazer-nos testes, a ver se somos capazes de os ultrapassar ou não… o importante é ser feliz!

E se há coisa que é realmente importante nesta vida, para ser feliz, é fazermos o que gostamos, trabalharmos naquilo que gostamos! No que faz sentido para nós! Coerente com a nossa essência!

O tempo não volta para trás… eu sei!

Mas se voltasse… e desse as voltas que desse… dissessem o que dissessem… acho que seria exactamente o que sou hoje!

Quando andava no liceu, tive uma amiga, miúda como eu, que quando eu lhe dizia que adorava bébés, me dizia “Como é que podes gostar de bébés! São bocados de carne com olhos!!”

Se há coisas que nunca esqueci foram aquelas palavras… nunca esqueci aquele sentimento de alguém… Como pode alguém sentir… aquelas palavras… a propósito… de bébés! Como!!

Talvez quem disse, ou quem diz essas coisas, ou sente que ser bébé não é mais do que ser um bocado de carne com olhos… não tenha sido realmente um BÉBÉ… palavra mágica na minha vida… desde sempre… a fazer sentido!

Talvez porque antes de gostar de bébés fui uma bébé que os meus pais quase perderam, depois de já ter perdido duas filhas…

Talvez porque antes de gostar de bébés, aprendi o que era o AMOR… sentimento que não se explica… mas que se SENTE!

Desde que me lembro que existo… onde havia bébés… havia eu! A querer espreitar, a querer tocar, a sorrir-lhes, a ver sorrir e a conversar, e se pudesse, também a pegar! Fossem primos, amigos, vizinhos ou não… e também tive um irmão! (dois… mas um eraé mais novo)

O tempo não volta para trás… eu sei!

Mas se voltasse… se eu voltasse a ser pequenina outra vez… e me perguntassem o que eu queria ser quando fosse grande… eu ia responder que queria ser… FELIZ!

Ser feliz.jpg

Lançamento em Lisboa

E já lá vão 7 anos de um tempo que, devagar devagarinho… passou a correr!!

Era dia 18 de outubro, chovia a potes... e quem sabia… só me dizia:

“Não te preocupes! Lançamento molhado… lançamento abençoado!”, e eu, sorria a bom sorrir de um nervoso que mal me cabia no coração ... Não sei se estava frio lá fora se não estava, mas cá dentro, toda eu era calor!! E ainda não tinha chegado aos 50… 🙂

O dia era grande! Especial! Tão importante para mim!!

Era e foi!! ❤

Fiz questão de fazer surpresa até ao dia em que divulguei um CONVITE no Facebook!! E que tão maravilhosa foi a reacção de quem me gosta!!

Poucos sabiam do que eu andava a preparar em tão difícil fase da minha vida!! Verdade!! Bem difícil, por sinal…!

Mas há que sempre olhar para o lado positivo das coisas… e debaixo de tão grande tempestade lá arranjei maneira de me agarrar à bonança… e fiz nascer o meu Poemar - Poemas do Brincar!

E o nascimento - diga-se Lançamento - aconteceu naquele 18 de outubro!

Que dia lindo!

Memorável!! Tão cheio de coisas boas! De pessoas lindas, grandes e pequeninas! De calor humano! Tanto e tão bom!! De sorrisos, de abraços, de beijos e muita emoção!!

Um dia em grande de um livro pequenino!

Como grande é coração de quem também é pequenino!

 

E se quando os pequeninos forem grandes

E os grandes quiserem ser pequeninos

e se quiserem todos lembrar

do tempo em que o mais importante era BRINCAR

vão espreitar o filme lindo feito numa tarde à beira mar

para guardarmos para sempre no coração

uma bela recordação do meu Poemar! 🙂

comentário de Luis Pereira de Sousa.jpg

Apresentação em Esposende

O tempo passa a voar... há que aproveitar...! 🙂

E já lá vão 7 anos... ❤

 

"Restava-me vir apresentar o meu filho à terra que me corre nas veias desde que me deram à luz! Aliás, que já me estava no sangue antes sequer de ter nascido, pois quem me quis pôr no mundo também já tinha ESPOSENDE no coração!

“Não sabia que tinhas uma veia escritora!” disse-me há pouco alguém que eu gosto, que sempre morou nesta terra que eu adoro! Respondi-lhe que havia muitas coisas sobre mim que não sabia, pois o tempo separou-nos na distância e nas vidas que correram cada uma para seu lado…

Esposende para um lado… Lisboa para outro lado… mas no meu coração nunca nada disto esteve separado! E digam o que disserem, desde que me lembro que existo, tombou sempre para este lado!

Contava os dias que faltavam para voltar (e ainda conto, se querem saber) … escrevia quilos de cartas a quem tinha que ficar… e ainda as tenho todas! Guardo histórias desde sempre em toneladas de diários e ainda hoje as tenho guardadas, também na minha mente!

Mas… “No Museu Marítimo?!” perguntaram-me, estranhando, de alguma forma, porque não quereria eu apresentar um livro na Biblioteca…

Sim, vai ser nos Socorros a Náufragos porque tem muito mais significado para mim!

Tem significados que não consigo traduzir por palavras porque há coisas que não se explicam!

São 48 anos de Esposende… ora perto… ora longe… mais longe do que perto… de vivências… de sentimentos e emoções… alegrias e… tantas desilusões!

Falta-me na vida quem me ensinou a amar, mas a vida tem-me ensinado que é às coisas boas que temos que nos agarrar… e é por isso que neste Natal, vos trago o meu POEMAR!

 

26 de Dezembro de 2015"

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Livro

Poemar - Poemas do Brincar

Nasci em Lisboa em Dezembro de 1967, terra que me viu crescer mas que nunca senti como minha. Como costumo dizer, é a Esposende que o meu coração pertence. Desde sempre. A minha família é de lá e acho que essa carga me ficou nos genes… Contava os dias que faltavam para ir para lá com os meus pais e os meus irmãos, em viagens enormes, porque não havia a auto-estrada! Mas tudo valia a pena quando chegava aquela hora! Acordar cedo (muito cedo, às vezes!) porque o pai gostava de ir cedo!

As viagens com o carro atulhado das coisas de 5; e tantas vezes com a gaiola dos hamsters e a Bolinhas, a nossa cadela!

A ideia de irmos ver os primos; brincar no quintal; andar de bicicleta; ir para a praia, para o rio e para o campo!

Parar em Coimbra para almoçar num restaurante que ainda me lembro do nome! E porque o pai precisava de descansar!

Tudo valia a pena na hora de ir embora! E ainda vale!

Tudo vale a pena quando é feito com amor e por amor!

A vida não é fácil. Crescer não é fácil.

Mas se houver amor… tudo fica mais fácil!

Ou menos difícil!

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